27 janeiro 2021 Obesidade infantil: quando devo me preocupar?

A criança está muito acima do peso: é hora de fazer acompanhamento com o endocrinopediatra! O excesso de gordura é preocupante não somente pela questão estética e o possível bullying na escola; a obesidade infantil pode atrapalhar o desenvolvimento da criança, antecipar a puberdade, aumentar o risco de diversas doenças, como diabetes, pressão alta e problemas no coração.

E os dados são alarmantes: em 2019, mais de 28% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos estavam acima do peso, sendo que 13% delas apresentavam obesidade, segundo um levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2025, o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões – assustador, não?

Mas a obesidade infantil não é genética?

A obesidade infantil nada mais é do que excesso de gordura no corpo, e muita gente se engana ao pensar que apenas o fator genético influencia o quadro. O excesso de peso também é resultado de maus hábitos, como alimentação inadequada e falta de atividade física.

Se prestar atenção, pai ou responsável, e comparar a sua infância com a de hoje, vai perceber que as brincadeiras de rua foram aos poucos sendo substituídas pelas telas, que as crianças se movimentam menos, e que elas têm fácil acesso aos alimentos processados e ultraprocessados – e é essa combinação de altas calorias e sedentarismo que devemos evitar.

Sei que é difícil controlar que as crianças comam durante a quarentena, e sei que uma alimentação equilibrada demanda tempo e pode custar caro, mas lembre-se: tudo é questão de equilíbrio e o exemplo vem da família, do que se consome em casa.

Tratamento para obesidade infantil

Após o diagnóstico, a criança deve ser assistida por uma equipe multidisciplinar (endocrinopediatra, nutricionista e psicóloga) e mudar os hábitos de vida. É importante estipular uma rotina e horário para as refeições, evitar pequenos lanches entre elas, beber água, e investir em uma dieta equilibrada e em atividades físicas – desde correr, dançar, até esportes. O importante é se movimentar!

As crianças são verdadeiros espelhos dos pais e responsáveis, por isso é muito importante que toda a família se envolva no processo para incentivar, e é uma ótima oportunidade para criar bons hábitos. Vale reforçar que devemos ter atenção com as nossas crianças e fazer o acompanhamento com o pediatra ao longo de toda a infância, independente de condições e doenças.

Tem dúvidas sobre o assunto? Agende uma consulta comigo e vamos investigar o que acontece com o seu pequeno!