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A ameaça dos alimentos ultraprocessados

Refrigerantes, sucos de caixinha, biscoitos, salsichas, chocolates, petit suisse: a lista é extensa, com diferentes tipos e sabores que viciam as papilas gustativas, conquistando adultos e, principalmente, crianças. Mas muito cuidado: estes são alimentos ultraprocessados, ou seja, passam por diversas técnicas de processamento até ficarem prontos para a venda.

Estes alimentos têm em sua composição muitos ingredientes industriais, utilizados para torná-los duráveis e mais agradáveis ao paladar, como açúcar, gordura trans (vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial), aditivos (corantes, conservantes, antioxidantes, aromatizantes e realçadores de sabor) e até excesso de sal – isso mesmo!

A composição nutricional destes alimentos é desbalanceada, têm calorias em excesso e são pobres em nutrientes (proteínas, vitaminas e minerais). Dentre as diversas consequências, a má alimentação com consumo de produtos industrializados aumenta os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes, problemas nos ossos e na flora intestinal, e obesidade infantil

Desembale menos e descasque mais

Um levantamento do IBGE apontava que, em 2019, uma em cada três crianças, com idade entre 5 e 9 anos, estava acima do peso no País – e um dos responsáveis é a mudança de hábitos alimentares da população ao longo das últimas décadas.

Atualmente, as pessoas mais “desembalam do que descascam”, e esse hábito do consumo exagerado de comidas industrializadas é prejudicial não só para a saúde do pequeno, mas também de toda a família. A praticidade faz com que estes produtos estejam mais presentes nas apressadas rotinas, mas precisamos mudar e apostar no melhor remédio: uma dieta equilibrada.

Os adultos devem criar hábitos alimentares saudáveis para seus filhos crescerem mais saudáveis – é literalmente dar o exemplo. Vamos começar essa mudança? Prepare refeições “caseiras” e lanches, utilizando alimentos in natura: folhas, frutas, verduras, legumes, ovos, carnes e peixes.

Opte também pelos alimentos que têm um processamento mínimo (arroz, feijão, frutas secas, sucos de frutas sem adição de açúcar, castanhas e nozes, farinhas de mandioca, de milho e tapioca). Lembre-se de que as papinhas prontas, mesmo as que não apresentam aditivos em sua composição, não devem fazer parte do cardápio das crianças.

Tem dúvidas sobre o assunto? Agende uma consulta comigo; será um prazer avaliar seus filhos e indicar uma alimentação que contribua para a saúde dele e de toda a família.