Crescimento da Criança

Crescimento: o que determina a altura final da criança?

“Meu filho vai ficar alto para jogar basquete?” “Minha filha vai ser sempre a mais baixinha da sala?”. Os pais e responsáveis sempre acabam se perguntando sobre o crescimento da criança, principalmente ao observar os coleguinhas da mesma idade. Mas lembre-se: são diversos os fatores que determinam a altura final, e cada criança é única.

Entre as questões ambientais que influenciam no crescimento, ou seja, aqueles que podemos mudar, destaco os seguintes:

  • Sono de qualidade com duração apropriada para faixa etária. O hormônio do crescimento (GH) é produzido e liberado no organismo ao dormir;
  • Alimentação saudável com variedade. Prefira os alimentos in natura e não se esqueça de que o exemplo vem dos pais e responsáveis;
  • Atividade física que a criança goste. O indicado é pelo menos 3 vezes por semana, com duração em torno de 1 hora.

É possível ter uma previsão de crescimento da criança?

Sim! A genética da família influencia cerca de 80% na altura, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Por isso, sempre avaliamos as medidas do pai e da mãe para calcular a estatura-alvo da criança. Com isso, fazemos uma projeção da provável altura, e vamos acompanhando o crescimento anual.

E não tem como fugir: pais baixos tendem a ter filhos baixos, e pais altos têm filhos altos. Não conseguimos mudar o que está no DNA da criança, apenas controlar os fatores externos, criando uma rotina mais saudável para favorecer o desenvolvimento.

E se a criança não atingir a altura esperada?

Quando a curva de crescimento da criança começa a desacelerar ou está abaixo do esperado segundo a projeção, é hora de consultar um endocrinologista pediátrico para investigar os motivos.

Entre as causas de baixa estatura, temos, por exemplo, a deficiência do hormônio do crescimento, hipotireoidismo, doenças genéticas e retardo de crescimento intrauterino, entre outras.

A investigação é essencial para indicar o tratamento correto pois, ao contrário do que muitos pais e responsáveis pensam, nem tudo se resolve com o uso do hormônio do crescimento (GH) – que, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, pode até trazer prejuízos para a saúde, quando prescrito/utilizado sem indicação correta.

E lembre-se: ser o menor da turma não significa necessariamente que a criança não seja saudável. Não compare o seu filho com os coleguinhas, pois cada um é único. Se você suspeita que algo esteja errado com o crescimento do seu pequeno, agende uma consulta!