CRIANÇA TAMBÉM PODE TER PROBLEMA NA TIREOIDE?

A resposta para essa pergunta é SIM, e o problema mais comum é a redução da produção do hormônio tireoidiano (hipotireoidismo). Essa redução pode ser constatada já no início da vida (hipotireoidismo congênito), através do teste do pezinho, ou pode ocorrer mais tardiamente durante a infância/adolescência (hipotireoidismo adquirido). 

A principal causa do hipotireoidismo adquirido é a Tireoidite de Hashimoto, doença autoimune caracterizada pela produção de anticorpos (células de defesa) que, ao invés de atacar invasores externos (ex.: vírus, bactérias), atacam a tireoide. Com isso, há uma destruição lenta e gradativa do tecido tireoidiano e, consequentemente, redução da produção do seu hormônio. 

O quadro clínico decorrente da redução do hormônio tireoidiano é diferente do apresentado pelos adultos, e o que mais chama atenção é a desaceleração do crescimento. Associado à essa parada de crescimento, há o atraso na idade óssea (constatado pelo Rx de mão e punho) e, nos casos mais exacerbados, pode vir acompanhado de sonolência, pele seca, intolerância ao frio, redução da frequência cardíaca e palidez. O bócio, que é o aumento do volume da tireoide, pode ou não estar presente.

O diagnóstico de hipotireoidismo é confirmado por exames laboratoriais (TSH elevado, T4 livre reduzido) e o tratamento é feito com a reposição do hormônio (levotiroxina) diariamente por via oral e seguimento com endocrinologista pediátrico. 

Por ser uma doença menos sintomática na infância/adolescência, é fundamental o seguimento contínuo com o pediatra para avaliação do crescimento e desenvolvimento, exame físico (palpação da tireoide) e solicitação de exames complementares para garantir que o funcionamento da tireoide está ocorrendo de forma adequada. 

Para mais informações, agende sua consulta. Será um prazer avaliar e acompanhar a saúde do seu filho.