06 outubro 2021 Nanismo: o que preciso saber sobre a condição?
O nanismo é uma condição de baixa estatura grave – as meninas atingem altura máxima de até 1,25cm, e os meninos medem menos de 1,40cm. O quadro pode ser causado tanto por deficiência hormonal quanto por doença óssea congênita. “É possível prevenir?”, “Tem tratamento?”, “Meu filho vai ter qualidade de vida?” – é comum que pais e responsáveis se perguntem, e por isso estou aqui para explicar mais sobre a condição!
Em alguns casos, o quadro de nanismo pode ser identificado logo no pré-natal, quando os exames medem o tamanho da cabeça e ossos, para checar possíveis desproporções. Com a confirmação após o nascimento, é possível iniciar o acompanhamento multidisciplinar para promover mais qualidade de vida à criança.
Mas o diagnóstico precoce também depende da causa e do tipo de nanismo – confira a seguir quais são.
Causas e tipos de nanismo
O nanismo pode ser proporcional ou desproporcional – que é o mais comum! Vou explicar.
O nanismo proporcional – ou hipofisário -, é causado por distúrbios metabólicos e hormonais; geralmente a produção do hormônio do crescimento ou a resistência do organismo a esse hormônio são os principais culpados. Nesse caso, todas as partes do corpo são menores que o normal, mas são proporcionais à estatura.
Já o nanismo desproporcional tem duas causas genéticas principais: a acondroplasia e a hipocondroplasia. Entenda:
- A acondroplasia é causada por uma mutação do gene FGFR3, que está ligado ao crescimento e é responsável por reduzir sua velocidade. Além da baixa estatura, que é comum devido à mutação, a doença provoca o encurtamento de braços e pernas, e promove cabeça e testa proeminentes;
- A hipocondroplasia é um distúrbio genético que resulta na má formação da cartilagem dos ossos em certas áreas do corpo. É semelhante à acondroplasia, mas tem características menos acentuadas; geralmente fica mais evidente após os 2 anos e, por isso, o diagnóstico tende a ser mais tardio.
Além disso, quando o motivo é alteração genética, pode acometer qualquer criança – segundo a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genoma, 80% das crianças nascidas com o nanismo são as primeiras da família, ou seja, é uma mutação nova, independente dos pais terem ou não.
O nanismo interfere só na estatura?
Não, na verdade vai muito além. Pacientes com a condição costumam ser mais propensos à obesidade, a sentirem dores crônicas, redução na qualidade de vida, além de todos os problemas do dia a dia, principalmente durante a vida adulta, como a dificuldade de ao abrir portas, dirigir, ir ao banco e outras atividades do cotidiano.
Alguns também podem apresentar problemas respiratórios, e por isso é importante que exista o acompanhamento multidisciplinar por toda a vida.
Existe tratamento?
Tudo vai depender da causa, por isso é muito importante que a criança passe por avaliação médica para o diagnóstico precoce. Geralmente o tratamento é direcionado aos sintomas específicos de cada paciente.
Então lembre-se: toda criança com baixa estatura grave deve ser avaliada por um endocrinologista pediátrico e por uma equipe multidisciplinar, combinado?
Como está o crescimento do seu filho? Agende uma consulta comigo; será um prazer avaliar o crescimento da sua criança e prestar todo suporte necessário!