Dislipidemia é o nome dado ao aumento da gordura no sangue, que é representada pelo colesterol e triglicérides. De fato, todos nós produzimos essas gorduras, que são essenciais para a formação da membrana das nossas células, assim como de alguns hormônios. Entretanto, quando seus níveis estão alterados, aumenta o risco de termos doenças cardiovasculares como, por exemplo, infarto e derrame.
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O colesterol pode se diferenciar conforme o peso da lipoproteína presente na sua estrutura. O LDL, formado por lipoproteínas de baixa densidade, é chamado de “colesterol ruim”, pois deposita placa de gordura nos vasos. Já o HDL, formado por lipoproteínas de alta densidade, é chamado de “colesterol bom”, pois promove a limpeza dessas placas (faxineiro).
A dislipidemia pode estar presente desde a infância. Assim, o motivo pode ser genético (hipercolesterolemia familiar) ou então ambiental, devido erro alimentar associado ao sedentarismo.
Portanto, para manter os níveis de LDL baixo e o HDL alto, é necessário ter uma vida saudável:
- Reduzir alimentos industrializados / fast-food;
- Reduzir carboidrato simples (por exemplo, pão branco/arroz branco/açúcar);
- Aumentar a ingestão de água (redução de refrigerantes/sucos de caixinha);
- Aumentar a ingestão de fibras (verdura/legumes/frutas);
- Atividade física regular.
Diagnóstico de dislipidemia
O diagnóstico é feito através do exame de sangue (colesterol total e frações). Dessa forma, os valores esperados para pacientes entre 2 e 19 anos são:
- Colesterol < 170;
- LDL < 110;
- HDL > 45;
- Triglicérides < 75 (0 a menor que 10 anos) ou < 90 (10 a menor que 20 anos) com jejum de 12 horas.
O uso de medicamentos é restrito aos casos mais sérios e sem resposta à mudança de vida. Afinal, dislipidemia é uma doença séria e que pode trazer muitas complicações no futuro. Portanto, é fundamental o seguimento periódico com o pediatra ou endocrinologista infantil para o diagnóstico precoce bem como tratamento adequado.