A obesidade infantil é um desafio de saúde pública no Brasil e no mundo. Isso porque a porcentagem de crianças acima do peso vem aumentando a cada ano. O principal motivo para o ganho de peso excessivo é, sem dúvida, o erro alimentar associado ao sedentarismo. Portanto, são hábitos de vida não saudáveis, ensinados pela família, que levam à doença.
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Diferentemente da obesidade no adulto, não há muita opção de tratamento medicamentoso liberado para as crianças. Por isso o foco do nosso tratamento é o diagnóstico precoce bem como a promoção de uma vida mais saudável. Tem base na reeducação alimentar e na prática de atividade física diária. Assim, a presença de uma equipe multidisciplinar (nutricionista, psicóloga, educador físico) é fundamental para ter sucesso.
Diagnóstico de obesidade
O diagnóstico de sobrepeso/obesidade é clínico, sem necessidade de exames complementares, mas utilizando o Índice de Massa Corpórea (IMC). Seu cálculo é feito a partir da divisão do peso (quilo) pela altura (metro) ao quadrado. Dessa forma, o valor obtido é comparado com um padrão de referência para a idade. Valores maiores ou iguais ao percentil 85 representam sobrepeso e maiores do que 95 são considerados obesidade.
Crianças com excesso de peso, além de estarem mais vulneráveis a sofrer bullying por estar fora de um determinado “padrão de beleza”, apresentam maior risco de hipertensão, aumento de colesterol (dislipidemia), diabetes, escoliose, lordose, apneia do sono, aceleração da puberdade (principalmente em meninas), avanço da idade óssea, rejeição social e depressão.
Por isso, fique atento aos hábitos de vida do seu filho e faça o acompanhamento com o pediatra. O reconhecimento precoce da obesidade e o seguimento com uma equipe multidisciplinar capacitada, pode ajudar na redução do peso e melhorar a qualidade de vida. Uma criança obesa tem o risco aumentado para se tornar um adulto obeso, portanto, a hora de iniciar uma vida mais saudável é agora.